A importância de caminhar o caminho
Um tema que vem me cutucando ultimamente é a habilidade de persistência ou resiliência de cada ser. Mesmo com contextos parecidos, temos uma estrutura interna que nos diferencia e possibilita nos desenvolvermos de formas distintas.
Fico super reflexiva após sessões de Coaching ou Thetahealing, percebendo que algumas pessoas tomam atitudes mais assertivas, e outras patinam mais para alcançar as transformações que almejam. Busco fazer um exercício de empatia e também olhar pra mim. Como é o meu processo?
Eu passei por uma fase de precisar de muita disciplina e determinação para colocar em prática hábitos que desejava. Com certeza o encontro com o yoga foi determinante. A partir do momento que me olhei pude buscar mudar o que vi e não queria mais. Sem nos olhar, como começar o processo?
Quando começamos a trilhar esse caminho de autoconhecimento e transformação não tem jeito: tudo vira material de aprendizagem. Acabei de fazer uma viagem linda, super astral, e pude perceber alguns pontos conquistados e outros a conquistar.
A questão da entrega, de soltar o controle, tem sido a grande questão da minha vida em todos os sentidos. E tenho me colocado em situações para testar minha capacidade de soltar e deixar fluir. Fomos com um motorhome para o meio das montanhas de Yosemite na Califórnia, e eu nem sabia o nome do camping que estávamos indo! Me deixei levar pelas orientações da minha amiga mais maluquinha! Rsrs Tempos atrás eu teria até as coordenadas do lugar... E deu tudo certo! Aliás, o elemento surpresa foi tão impactante, me emocionei várias vezes com a vulnerabilidade que sentimos em momentos assim.

Nesse processo da entrega sou total aprendiz, e entendo que é assim que temos que encarar as mudanças, com consciência, de peito aberto e com humildade, pra não desviar do caminho. Orai e vigiai!
Às vezes procuramos terapias e curas pensando que serão radicais e imediatas, só para nos pouparmos do trabalho de construí-las. Nos decepcionamos se não há uma mudança radical, se não sustentamos aquele momento de paz e clareza mental que geralmente acontece após as sessões. O que aprendi e tento mostrar para meus clientes é que nesse momento foi nos dada uma pista, foi iniciada uma trilha na psique, então temos que percorrê-la. Neurobiologicamente, nesses momentos começamos a fortalecer as vias neurais para sensações boas, que vão criar uma estrutura para as mudanças que queremos materializar. Todo movimento, então, deve ser na direção de fortalecer essas vias. Se desanimamos e desistimos a mata cobre a trilha novamente, e as vias se enfraquecem.
Mas sempre é tempo de recomeçar. Assim vamos aprendendo a desviar dos obstáculos da mente. Nos olhando com mais profundidade, podemos reconhecer nossas crenças limitantes. Crenças são a base da nossa personalidade e a base da criação da nossa realidade. Só as encarando de frente podemos transformá-las.
Por isso é tão importante caminhar o caminho e construir as mudanças que queremos na nossa vida. Só assim elas se tornam concretas de verdade. E podemos olhar pra trás e valorizar todo trajeto percorrido.
Dia desses vi essa frase e não lembro quem escreveu, mas é o que considero para minha vida: “Disciplina é fazer o necessário para manter a consciência elevada.” Esse é o meu caminho.